Por ÉBER VAZ DA COSTA
(Graduando em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte)
Matéria realizada para a disciplina de Jornalismo Científico
Preservar espécies do semi-árido nordestino brasileiro que sejam fonte de matéria-prima e aumentar o nível de produtividade, gerando emprego e renda para pequenos e médios agricultores. Esse é um dos objetivos do professor da Universidade Federal de Campina Grande, Kilson Pinheiro Lopes, em sua tese de doutorado sobre a técnica da criopreservação de sementes, que permite manter o germoplasma durante vários anos.
Programas de melhoramento desenvolvidos por pesquisadores da região que buscam otimizar o cultivo apresentam alternativas que garantem a produção em condições ambientais diferenciadas na região onde duas espécies têm se mostrado de vital importância, não só na agricultura local mas também para o País. O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) e a mamoneira (Ricinus communis L.) apresentam-se adaptadas às condições adversas daquela região e garantem a geração de renda para as comunidades menos favorecidas, tornando-se os principais alvos de estudos.
A cultura do algodão é uma das principais atividades da região, responsável por ofertar matéria-prima para a indústria têxtil e oleaginosa. E o aumento da possibilidade de uso do óleo de mamona na produção de biodiesel tem chamado a atenção de pesquisadores brasileiros, que já buscam formas de ampliar as áreas de plantio e melhorar a produtividade da espécie mediante inovações técnicas e tecnológicas de exploração, em especial na Região Nordeste.
Estas espécies apresentam sementes muito susceptíveis a danos fisiológicos devido à instabilidade química dos lipídios, que se deterioram mais rapidamente durante o armazenamento convencional. O aparecimento do fenômeno da erosão genética se mostra irreversível e exige ações para prevenir ou minimizar as suas causas.
“A biotecnologia moderna apresenta novas possibilidades para a conservação de recursos genéticos de espécies vegetais, usando-se técnicas de conservação in vitro, sob crescimento lento, ou crioconservação, que vêm tornando-se imprescindíveis para a conservação ex situ. Apesar do êxito em diversos estudos com a conservação no Brasil, muito ainda há por ser feito”, destaca Kilson, que lembra ainda que órgãos como CNPq, Capes, BNB, Petrobrás têm incentivado diversas instituições de pesquisa.
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